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Ódio mata




Sim, somos um país racista. Mas até pouco tempo atrás o lado mais perverso da xenofobia e preconceito religioso, associando árabes ao terrorismo, era inexistente entre nós. Até por que nenhuma das 170 vítimas diárias de homicídio no Brasil – jovens negros em maioria - foi morta por "terroristas".

Nessa semana, porém, depois de um conflito entre manifestantes de direita que gritavam frases como "Sem terrorismo na minha nação, eu digo não à Lei de Migração" e "Abaixo, abaixo a Lei de Migração, eu quero meu país longe da islamização" e um grupo pró-imigração que incluía o líder do movimento Palestino para Tod@s e um refugiado sírio, o grita contra "terroristas islâmicos" transbordou do Facebook para rádios e emissoras de TV.

Nenhuma palavra sobre a incitação ao ódio evidente na manifestação da Direita São Paulo e em parte da mídia brasileira.

Foi também de ódio que morreu Valdir Pereira da Rocha, 36 anos, linchado por 20 detentos na Cadeia Pública de Várzea Grande por ser "terrorista". Valdir era um dos réus da questionável Operação Hashtag. Acusados de planejar um atentado contra as Olimpíadas que nunca aconteceu com base em "provas" basicamente coletadas nas redes sociais, os réus foram condenados ontem pela Justiça do Paraná.

No Brasil, é o ódio que mata como provam o genocídio dos jovens negros, as vítimas do feminicídio e da homofobia. É ele que assusta, não o medo do terrorismo importado por trumpistas e fascistas. Que os franceses ajudem a apagar essa fogueira nas eleições de domingo próximo.



Marina Amaral, codiretora da Agência Pública


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